Ciencia
ESTADOSaúdeCEARÁ
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Secret ari a da
Informe Epidemiológico
AIDS
Fevereiro/2013
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Aspectos Epidemiológicos da AIDS
A Aids é uma doença emergente, grave, de comportamento pandêmico, sendo considerada um dos maiores problemas de saúde pública no Brasil e no mundo.
No Brasil, ao longo dos anos, a infecção pelo HIV/Aids passou por mudanças no seu perfil epidemiológico, com consequente alteração na história natural da doença. Este fato deve-se, principalmente, à introdução da terapia antirretroviral (TARV) iniciada no país em 1996. Como consequência constatou-se um aumento da sobrevida e melhoria na qualidade de vida dos pacientes em tratamento.
Nos primeiros anos da epidemia a quase totalidade dos casos de Aids eram notificados entre homens, com altos coeficientes de incidência. No início da década de 90, a frequência de casos entre mulheres cresceu consideravelmente e a transmissão heterossexual passou a ser a principal via de transmissão.
No Ceará, desde o primeiro caso conhecido em 1983, foram notificados 12.246 casos até dezembro de 2012*, no
Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) de Aids. Destes, 70,0% foram no sexo masculino e 30,0% em mulheres. No ano de 2012*, com dados ainda bem preliminares, foram confirmados 800 casos, sendo 430 (53,7%) residentes no município de Fortaleza. Destaca-se que o número de casos notificados pode não expressar a totalidade, ainda pela possibilidade de subnotificação, por problemas relacionados ao estigma trazido pela doença, além de possíveis problemas operacionais da vigilância e assistência. Recentemente, a subnotificação vem sendo atenuada pela existência de outros sistemas de informação, de resultados laboratoriais e tratamento que possibilitam uma maior captação de casos suspeitos com a utilização de técnicas de cruzamentos de bancos de dados.
Na Figura 1 observa-se a taxa de incidência da doença no período de 1996 a 2012*. A epidemia caracteriza-se por