CIDADANIA
Ser cidadão era mais do que uma questão de nascimento, era definido pela sua participação nos assuntos da esfera pública, seja no julgamento, seja no poder de comando. Assim, para ser cidadão, no entender de Aristóteles, era necessário que se preenchesse alguns requisitos. Era necessário que o governante soubesse também ser governado. Este é o pilar da democracia grega, que se expressa na possibilidade de cada cidadão ocupar alternadamente as duas posições.
A cidadania aristotélica seria mais uma condição para a participação política na gestão da polis. Essa acepção é facilmente vislumbrada ante a experiência democrática ateniense, que se dava com um número irrisório de indivíduos (cidadãos), em oposição a quase totalidade da população. Os entendidos cidadãos (que não eram as mulheres, os escravos, os estrangeiros, entre outros), então, participavam das assembleias e, por isso, tinham o poder de resolver questões da cidade. Neste sistema, todos (os cidadãos) sujeitavam-se às mesmas normas e todos podiam igualmente manifestar-se. Desta forma, obtinham o consenso sobre os dilemas da pólis. fazendo as distições das políticas: monarquia, aristocracia, república, democracia, oligarquia e tirania diz em primeiro lugar que depois do que foi determinado, deve-se em seguida determinar sobre as políticas, quantas são em número e quais são, e isto pela ordem, de tal maneira que primeiro consideraremos as políticas retas, e em seguida as injustas.
A política nada mais é do que a ordem dos que dominam na cidade. É necessário, portanto, que as políticas se distinguam segundo a diversidade dos que dominam. Ora, na cidade pode dominar um só, poucos, ou muitos. E qualquer um destes três pode ocorrer de duas maneiras. De um primeiro modo quando se governa para a utilidade comum e, neste caso, serão políticas retas. De um segundo modo, quando se governa para a própria utilidade daqueles que dominam, seja um só, sejam poucos ou muitos, e neste caso serão