cidadania
“Ela alimenta a filha com lixo, lixo que ela não come para que os filhos comam e sobrevivam
Tanto desperdício, tanta ganância, arrogância; para os chamados normais essas pessoas não existem
Pessoas que não entram onde você entra por não ter as roupas que você tem
Seres invisíveis, imperceptíveis, que não são considerados seres humanos por essa classe capitalista dominante
Esses somente são alguém quando apontam uma arma, como julgar quem age assim por fome
Roubar comida dá cadeia, roubar milhões do cofre público dá voto, a humanidade do povo sim está roubada, humilhada, estilhaçada
Tenho vergonha de ver uma sociedade assim, sociedade destrutiva, onde quem paga vive, onde morre-se de fome com comida ao lado
Até quando aceitaremos esta situação, uns comendo caviar e outros lixo no mesmo quarteirão...”
Postado por Moisés Prado (blog).
A pequena crônica a acima revela a dura realidade que existe em nosso Brasil, como alguns são excluídos da vida social, construindo aquilo que alguns autores chamam de “apartheid social.” O Brasil é um país muito grande geograficamente, que comporta diversos outros Brasis dentro dele. O Brasil do pobre, do rico, da classe média. Brasil dos esquecidos, dos analfabetos, dos sem direitos. Brasil, país marcado por contradições econômicas, no mesmo país vivem milhonarios como Eike batista e pessoas que morrem de fome. Pessoas cuja única renda é catar lixo para sobreviver. Nisto esta a contradição, enquanto poucos vivem abastardamente, outros vivem na absoluta miséria. Para a prof. Aldaíza Sposat “a desigualdade social, econômica e política na sociedade brasileira chegou a tal grau que se torna incompatível com a democratização da sociedade...” A exclusão social no Brasil se dá por razões econômica, cultural, política e étnica, logo existe uma contradição entre o que está escrito na constituição, e o que se dá na prática.
No Brasil milhares de pessoas vivem do lixo