Cidadania
Para responder a pergunta será necessário aludir a fatos da história e conceitos de doutos. Conforme Tomas Hobbes: “O homem optou perder parte de sua liberdade para poder viver com outro ser humano e sair do estado de guerra constante”. Se o ser humano esquiva-se da guerra constante, pressupõe a desistência da conquista da superioridade em nome da igualdade para a vida em comum. Um conceito parecido com o de Rousseau, quando preconiza que o homem optou pelo contrato para alcançar seus objetivos, assim a existência de um contrato traz a ideia de equilíbrio, igualdade. John Locke, apesar de ser escravocrata, defendia que todos os homens ao nascer teriam direito a vida, a liberdade, sob pena de revolta contra o sistema, isto é busca da igualdade. Bem antes, na Grécia, Aristóteles com sua idéia de justiça pregava a equidade como fonte inspiradora da lei.
“[...] Aristóteles vinculou o princípio da justiça aos homens iguais, com capacidade para a virtude e para as práticas cívicas. Nesse caso, os iguais devem ser tratados com igualdade, e, ainda que, para pensadores como Aristóteles, o homem comece a ser valorizado pelos valores da beleza, da reflexão, da força e do heroísmo [...]”. (Wolkmer, 2006 p.27)
Na Roma antiga o poder concentrado na aristocracia patrícia motivou a busca da igualdade pelos plebeus:
“A sociedade desigual romana gerou uma série de instituições políticas e jurídicas sui generis, bem como um ambiente de conturbação e de conflitos de classe, decorrentes das desigualdades sociais, principalmente entre as classes dos patrícios e a dos plebeus, esta situação se manifestou, por exemplo, na rebelião plebéia que gerou a elaboração da famosa Lei das XII Tábuas” (Wolkmer, 2006 p.94).
O movimento iluminista que se notabilizou no século XVIII, com o advento das revoluções Francesa e Americana foi determinante para a edificação do conceito de igualdade e cidadania, que perdurou até o