Cidadania
Está aí a importância de saber direito o que é cidadania. É uma palavra usada todos os dias e tem vários sentidos. Mas, hoje, significa, em essência, o direito de viver decentemente.
É o direito de ter uma idéia e poder expressá-la. É poder votar em quem se quiser sem constrangimento. É devolver um produto estragado e receber o dinheiro de volta. É o direito de ser negro sem ser discriminado, de praticar uma religião sem ser perseguido.
Há detalhes que parecem insignificantes, mas revelam estágios de cidadania: respeitar o sinal vermelho no trânsito, não jogar papel na rua, não destruir telefones públicos. Por trás desse comportamento, está o respeito à coisa pública.
No século XVIII, a rebeldia detonou a Revolução Francesa, um marco na história da liberdade do homem. No mesmo século, surgiu um país fundado na idéia da liberdade individual: os Estados Unidos. Foi com esse projeto revolucionário que eles se tornaram independentes da Inglaterra. Desde então, os direitos foram se alargando.
Houve um tempo, no Brasil, em que se defendia a importância dos escravos para a economia. Os donos de terra alegavam que, sem escravos, o país sofreria uma catástrofe. Eles se achavam no direito de bater e, até, matar os escravos que fugissem. Nessa época, o voto era privilégio: só podia votar quem tivesse dinheiro. E para se candidatar a deputado, só com muita riqueza em terras.
No mundo, trabalhadores ganharam direitos. Imagine que, no século passado, na Europa, crianças chegavam a trabalhar até quinze horas por dia! E não tinham férias. As mulheres, relegadas a segundo plano, passaram a poder votar, símbolo máximo da cidadania. Até há pouco tempo, justificava-se abertamente o direito do marido bater na mulher e até matá-la.
Em 1948, surgiu a Declaração Universal dos Direitos do Homem e, com ela, solidificou-se a visão de que, além da liberdade de votar, de não ser perseguido por suas convicções, o homem tinha o direito a uma vida digna. É o direito ao