Cidadania digital
A cidadania digital qualifica pelo acesso autônomo ao mundo virtual e a toda sua complexidade, assim como a participação na vida comunitária digital e o acesso ao comércio eletrônico. Porém ocorre uma grande desigualdade econômica no Brasil que também reflete na dimensão virtual, o que significa a restrição do acesso apenas para os mais privilegiados. Estudos mostram que menos de 15% da população brasileira têm acesso à internet.
O acesso e a participação no novo ambiente virtual são demandas políticas relevantes, pois a complexidade sistêmica e relacional das dimensões sociais e virtuais revela uma nova etapa do desenvolvimento humano e institucional. Diminuir as distâncias sociais, econômicas e psíquicas é um desafio gerencial significativo.
O ingresso ao mundo digital obedece a outros pressupostos, pois requer, além de educação digital, contato com equipamentos (computadores e softwares) e condições de navegabilidade. Essas condições demandam boa educação formal e configuram a senha de acesso à dimensão virtual, em condições cidadãs. A exclusão digital pode ser mais cruel do que as demais, porque impede o acesso pleno a outro mundo, o digital, e a toda a gama de ofertas de produtos e serviços disponibilizados na web.
No Brasil, a construção de condições de acesso ao mundo digital constitui um desafio gerencial dos mais relevantes, porque encampa uma série de problemas de governança. É necessário agir de forma coordenada, o que demanda capacidade de gestão pública acima da média apresentada pelos diversos governos que têm se proposto a enfrentar a questão com disposição.
Na região sudeste, 56,7% dos domicílios tem acesso a internet, sendo a renda familiar uma média de R$ 2,359,00. Já na região norte, o acesso a internet cai bruscamente para incríveis 3,39% com a renda familiar de 1.648,00. Nas demais regiões essa porcentagem não ultrapassa os 20%.
Para diminuir esse número de pessoas que não possuem acesso a internet, o governo tem