ciclo do ácido cítrico
1.1. Breve introdução ao ciclo do ácido cítrico
O ciclo do ácido cítrico (ou ciclo de Krebs) é uma via catabólica central e praticamente universal por meio da qual os compostos derivados da degradação de carboidratos, gorduras e proteínas são oxidados a CO2. A maior parte da energia da oxidação resultante é temporariamente armazenada nos transportadores de elétrons FADH2 e NADH. Durante o metabolismo anaeróbico, estes elétrons são transferios ao O2, e a energia do fluxo de elétrons é capturada na forma de ATP.
A acetil-CoA entra no ciclo do ácido cítrico quando a citrato-sintase catalisa sua condensação com o oxalacetato para a formação do citrato. Em sete reações sequenciais, incluindo duas descarboxilações, o ciclo do ácido cítrico converte citrato a oxalacetato e libera dois CO2.
Uma reação intermediária do ciclo do ácido cítrico é a oxidação do ácido succínico (succinato) a ácido fumárico (fumarato) pela succinato-desidrogenase, produzindo a coenzimas reduzida FADH2.
1.2. Oxidação do succinato a fumarato
A succinato desidrogenase é uma enzima ativa que atua na cadeia respiratória e no ciclo de Krebs que ocorre dentro da mitocôndria. sua função é a conversão do ácido succínico (succinato) em ácido fumárico (fumarato). Além disso, a succinato desidrogenase contém três grupos ferro-enxofre diferentes e uma molécula de FAD ligada covalentemente, a qual é uma coenzima capaz de sofrer reações de oxirredução durante o ciclo de Krebs.
Em eucariotos, diferentemente de outras enzimas do ciclo de Krebs que estão localizadas na matriz mitocondrial, a succinato desidrogenase, por sua vez, é a única enzima do ciclo do ácido cítrico que está inserida na membrana interna na mitocôndria. Assim, funciona como o Complexo II da cadeia transportadora de elétrons, onde o FAD é o aceptor de elétrons, haja vista que o poder redutor da succinato desidrogenase não é suficiente para reduzir o NAD+. Os elétrons do succinato passam pelo FAD e pelos centros