Ciberinfância
Shirllene Soares da Silva2
Jamille Mineo Carvalho de Magalhães 3
1 Introdução
O principal objetivo desse artigo é refletir sobre a mudança nas infâncias, nos espaços e nas relações infantis. Justifica-se o estudo por tratar-se de uma realidade atual, onde as crianças de hoje estão imersas em uma nova cultura, da sociedade em rede, mostrando-se atuantes na sua constituição e na construção de sua realidade. Na metodologia utilizei uma abordagem qualitativa, o método de pesquisa foi bibliográfico, baseio minha pesquisa nos teóricos: Marc Prensky (2001), Buckingham (2007), Kenski (2007), Capparelli (2002), Tapscott (1999) e Lenni Vieira Dornelles (2007). Não podemos mais ignorar que a sociedade é formada de diferentes infâncias.
2 Tecnologias digitais na vida das crianças
Com as constantes mudanças e transformações, principalmente pela evolução dos recursos tecnológicos, está surgindo um novo tipo de infância. A facilidade e a rapidez da tecnologia de entrar nos lares proporcionaram a maior parte das crianças de hoje manter algum tipo de contato com essas máquinas. As crianças desenvolveram uma nova forma de se relacionar com o mundo e com as pessoas, ate o seu brincar, pensar e a maneira de ver a realidade sofreram modificações. É comum encontramos aparelhos que fazem parte do dia-a-dia das crianças: celulares, câmeras, computadores, notebook, internet, iPhone, iPhods, iPads, entre outros dispositivos. Essa infância é definida de Ciberinfância por Dornelles (2007, p.) “um tipo de infância em que as crianças ‘dominam’ as tecnologias.” Pesquisas apontam que as crianças nascem nessa atmosfera globalizada, tecnológica e múltipla, consequente, aprendem a utilizar recursos midiáticos digitais e virtuais mesmo antes do acesso ao ensino formal. (DORNELLES BURJES, 2012: MOMO, 2007).
Como afirma Buckingham (2007, p.19), “a infância é variável- histórica cultural e socialmente variável”. Ou seja, não existe apenas uma