CHOQUE NEUROGENICO
Paranaguá, 2014
INTRODUÇÃO
Esse tipo de choque, ocorre devido à danificação do sistema nervoso autônomo, particularmente o sistema nervoso simpático. Este sistema é importante no controle da taxa e força de contrações cardíacas em resposta a fatores como stress e outros. Além disso tem uma atividade de estimulação basal, e se interrompido há diminuição da atividade cardíaca. Também tem ação vasoconstritora periférica (na pele e músculos) e portanto, a sua interrupção, gera vasodilatação. A vasodilatação periférica retem grandes quantidades de sangue, e aliada à falta de força e rítmo cardíacos, leva à hipotensão e depois ao choque.
Esse tipo de choque é decorrente de uma lesão medular, esta lesão leva a perda do tônus simpático, ou seja, interrompe-se o estímulo vasomotor ocasionando uma intensa vasodilatação periférica e desta maneira, o sangue se distribui preenchendo um maior continente venoso. Subsequentemente, registra-se uma diminuição do Retorno Venoso com consequente queda do Débito Cardíaco.
A compensação, pela descarga adrenérgica a partir das regiões inervadas do organismo e pela liberação de angiotensina e vasopressina, não é suficiente para restaurar o Débito Cardíaco a níveis normais.
Os sinais marcantes são: hipotensão com bradicardia, além da pele rosada e bem perfundida nas áreas denervadas.
É importante salientar que as lesões cranianas isoladas (TCE) não causam choque por não causarem lesões medulares..
O paciente com diagnóstico ou suspeita de choque neurogênico deve ser tratado inicialmente como se estivesse hipovolêmico, isto é, com reposição de líquidos, seja cristalóides ou colóides. Caso não ocorra uma resposta favorável, uma droga vasocostritora poderá ser utilizada, com o intuito de aumentar o tônus vascular. A posição de Trendelenburg ( a cabeça do paciente se encontra numa altura mais baixa que os pés) pode ser utilizada como terapêutica coadjuvante em casos de hipotensão.
CAUSAS DO