CHOQUE HIPOVOLEMICO
Paranaguá, 2014
INTRODUÇÃO
Choque hipovolêmico é definido como a redução do volume intravascular a tal nível que a perfusão tissular efetiva não pode ser mantida.
Hipovolemia é a principal causa de choque em paciente pediátrico, tanto em países desenvolvidos com destaque para hemorrragia por trauma , como em países em desenvolvimento cuja a etiologia de maior incidência é a gastroenterite aguda.
Em estudo recente, realizado em período de 8 anos (1998 – 2006) no departamento de emergência pediátrica do Children´s Hospital of Central California, o choque hipovolemico devido a gastroenterite; doença metabólica; emergência cirúrgica e hemorragia não traumatica ( foram excluidos pacientes com trauma), representou 24% dos diagnósticos de choque no paciente pediátrico, sendo o choque séptico 57% dos casos.
Ressalta-se ainda a alta incidência de dengue no mundo tropical,em que a hipovolemia está profundamente implicada na morbi-mortalidade.
ETIOLOGIA:
As causas podem ser divididas em:
1)Perda de sangue total: Absoluta ( hemorragias) ou Relativa ( farmacológica; choque medular; anafilaxia e sepse)
2)Perda de Plasma: Grande queimado; Dengue; Sepse; Hipoproteinemia como no caso de síndrome nefrotica.
3) Perda de fluidos e eletrólitos: vômitos; diarréia; insuficiência adrenal; diabetes mellitus ediabetes insípidus.
FISIOPATOLOGIA:
No choque hipovolêmico, ocorre diminuição do volume sanguíneo intravascular com redução da pré carga ( volume diastólico final), o que leva a diminuição do volume ejetado pelo ventrículo esquerdo ( volume sistólico), com conseqüente redução do débito cardíaco, culminando no fluxo sanguineo inadequado e incapaz de fornecer oxigênio e nutrientes para a demanda metabólica dos tecidos e órgãos.
A fisiologia do paciente pediátrico com choque hipovolêmico é distinta do adulto, crianças tem maior reserva cardíaca, permitindo mecanismos compensatórios por mais longo período de