Choque de civilizações
Os ataques de 11 de Setembro, atribuídos a uma "conspiração islâmica" pela administração Bush, foram interpretados como a primeira manifestação de um "choque de civilizações", tanto na Europa como nos Estados Unidos.
Assim, o mundo muçulmano-árabe teria empreendido uma guerra contra o mundo judaico-cristão. Não haveria mais nenhuma solução senão a vitória de um sobre o outro: o triunfo do islão e a imposição de um califado mundial (quer dizer, um império islâmico), ou a vitória dos "valores americanos" compartilhados por um islão moderno num mundo globalizado. Durante as primeiras duas guerras mundiais, as coligações militares tiveram que travar combates titânicos. Durante a guerra fria, os combates militares estiveram limitados a áreas periféricas ou a conflitos de baixa intensidade (as guerrilhas), enquanto o confronto central opôs as duas superpotências do ponto de vista ideológico. Durante a IV guerra mundial que acaba de ter início, as batalhas militares clássicas foram substituídas por guerras assimétricas: uma única potência, líder de todos os outros Estados, combate um não-Estado terrorista omnipresente.
A ORIGEM DO CONCEITO
O "choque de civilizações", expressão surgida pela primeira vez em 1990