China: na guerra fria, processo de industrialização e a economia socialista de mercado
A revolução comunista na China foi um processo que começou em 1927 e terminou em 1949.
A primeira fase se caracterizou pela eclosão de uma guerra civil envolvendo os nacionalistas e os comunistas, que combateram em algumas cidades do sul do país. O exército nacionalista foi liderado pelo general Chiang Kai-shek e nos primeiros três anos de guerra conseguiu derrotar e expulsar das grandes cidades os comunistas e seus seguidores.
A Longa Marcha
Dos anos que vão de 1930 a 1937 a revolução atravessa a segunda fase. O conflito se generalizou por todo o território chinês, levando milhões de homens a pegarem em armas. No início, porém, a estratégia maoísta de criação dos chamados sovietes rurais (cujo desdobramento esperado era a organização das guerrilhas camponesas, que iriam deflagrar a guerra revolucionária) se deparou com alguns obstáculos, entre eles a dificuldade de vencer o poderoso exército nacionalista que perseguiu os comunistas pelo interior do país.
Em 1937, o Japão invade militarmente a China e o exército nacionalista passa a combater os japoneses. Concentrados na província de Shensi, os comunistas fortalecem suas posições com a organização do Exército Popular de Libertação, formado maioritariamente por milhões de camponeses explorados e empobrecidos, que aderiram em massa ao movimento revolucionário.
Mesmo assim, a vanguarda revolucionária comunista decidiu unir forças com o exército nacionalista na luta contra o inimigo comum da China: os japoneses. Tem início, então, a terceira fase do movimento revolucionário, denominada de coalizão das forças comunistas e nacionalistas, que durou de 1938 a 1945.
Depois de oito anos de intensos combates, os japoneses são finalmente derrotados na China e também pelos aliados na Segunda Guerra Mundial. Os comunistas saem fortalecidos na guerra de libertação nacional e retomam a guerra civil contra os nacionalistas, dando início à quarta e última fase do movimento revolucionário.