Um texto: A China na globalização
A Ásia conheceu durante o ciclo colonial estruturado de quase cinco séculos de expansão e hegemonia européia, numa situação de dominação direta e indireta, com estagnação e até retrocesso nas diversas esferas da vida social. Por exemplo : A China imperial, que até o século XV fora, em vários campos, a nação mais avançada do mundo, entrou numa fase de isolamento, estagnação e declínio. Apenas o Japão esteve livre disso, devido ao limitado interesse das potências ocidentais pelo país (fraqueza do mercado interno e pobreza de recursos naturais) e à rápida reação de suas elites dirigentes. Forçado a abrir-se, enquanto observava outros países asiáticos muito mais poderosos serem dominados o Japão desencadeou uma revolução modernizante e industrializadora em 1868, a Restauração Meiji. Em menos de trinta anos o país tornava-se uma nação imperialista atuando apenas em sua própria região, mas apoiando-se num militarismo extremamente agressivo. A Primeira Guerra Mundial, a Revolução Soviética, a Segunda Guerra Mundial e a Revolução Chinesa (com a Guerra da Coréia e do Vietnã) geraram uma nova realidade geopolítica. O Japão foi reconstruído, industrializado e integrado na esfera americana, o que posteriormente ocorreu com Taiwan e Coréia . Assim, esta Ásia insular e peninsular do Pacífico passou a integrar o espaço capitalista sob controle dos Estados Unidos, enquanto a massa continental asiática fazia parte de um espaço socialista e o sul do continente formava um espaço neutralista. Desta forma, a Guerra Fria implicava na divisão e fragmentação do espaço asiático em regiões isoladas umas das outras, processo que se aprofundou com a ruptura sino - soviética. A evolução da Ásia a partir do encerramento da Guerra Fria e do desaparecimento da União Soviética foi rápida e profunda, gerando uma nova realidade ainda não devidamente avaliada. Hoje, é preciso pensá-la num contexto mais amplo, pois nos