Tendencias e projeção china e japão
Todo mundo já deve ter escutado (se não já falou) que a próxima grande potência mundial será a China. Será, não: já é. Afinal, um país que passou da marca de um bilhão de habitantes exerce uma pressão danada em cima dos demais por recursos, sejam eles quais forem. E pode produzir muito mais, pois mão-de-obra a preço de banana é o que não falta. Ouvi uma vez alguém comentando que se você é um empresário qualquer e vende um produto a 1 dólar, se esse produto for necessário aos chineses, e você colocá-lo nas mãos de cada um de lá, você arrecada 1 bilhão de dólares. É... nada mal pensar assim, né? Os novos bilionários da China. (Tudo bem esquecer do dinheiro gasto pra produzir esses 1 bilhão de produtos, mas até lá, morreu Neves...) Acho que esse é o sofisma básico atrás de todo mundo que quer "fazer negócio" com os chineses.
Por outro lado, a China sempre foi um império, desde os idos de milênios atrás, quando seu território ainda expandia-se desde o norte da Rússia até a península coreana. E toda essa tradição que continua firme e forte, mantendo a máquina da modernidade que vem trabalhando sem parar por lá. A cultura chinesa é riquíssima, cheia de nuances e novidades aos olhos ocidentais. É um lugar a ser desvendado ainda.
Na mentalidade anti-americana vigente, é realmente muito bom que apareça uma super-potência imperialista para rivalizar com os EUA: um concorrente - e lá vamos nós de volta à era da Guerra Fria. Mas, não sei, acho esse pensamento muito ingênuo. A China não rivalizaria com os EUA; ela teria 2 opções na atual conjuntura: 1) juntar-se aos EUA e fazer um mega-império (coisa pra Hollywood divagar sobre) ou 2) sobrepôr-se aos EUA, e se tornar hegemônica. A existência de ambos como super-potências, a história nos mostra, é improvável.
Entretanto, por mais crítica à política, ao modo de vida, às surrealidades e idiotices bushianas que eu seja, eu tenho medo da China. Medo não, receio. Porque, para os chineses, existe