chave dicotômica
Formadores: João Carlos Martins e José Cancela Costa
2009
MICROALGAS
Tradicionalmente, o ensino das ciências colocava ênfase na instrução formal de um corpo de conhecimentos bem definido, suportado por uma lógica de “transmissão cultural” (Almeida, 2001). Este tipo de ensino baseava-se num ensino verbalista assente quase exclusivamente na exposição oral dos conteúdos programáticos pelo professor. Hoje, com os novos curricula de ciências, pretende-se uma abordagem holística da ciência, num quadro de referência construtivista e consequentemente a necessária (re) conceptualização do trabalho prático e a reavaliação do seu papel na educação em ciências (Veríssimo & Ribeiro, 2001).
Importa clarificar o que se entende por Trabalho Prático (TP), Trabalho Laboratorial (TL), Trabalho de Campo
(TC) e Trabalho Experimental (TE) no ensino das ciências (para revisão ver Dourado, 2001 e Leite, 2001).
“Trabalho Prático” é o conceito mais geral e inclui todas as actividades que exigem a participação activa do aluno (no domínio psicomotor, cognitivo e afectivo). O âmbito do trabalho prático é muito alargado, deve ser entendido como um conceito abrangente que engloba actividades de natureza diversa, que vão desde as que se concretizam com recurso a papel e lápis, àquelas que exigem um laboratório ou uma saída de campo.
O trabalho prático em Biologia, é um óptimo veículo para a sistematização e aprofundamento da literacia biológica, pois permite uma vasta aquisição de conhecimentos, reforça as capacidades de abstracção, de experimentação, de trabalho em equipa, de ponderação e sentido de responsabilidade. O trabalho prático deve pois contribuir para a aquisição e desenvolvimento de atitudes e comportamentos responsáveis face ao meio ambiente, baseando-se no contacto directo dos alunos com a natureza e nas actividades de descoberta e compreensão “in situ” da diversidade e complexidade do meio ambiente, partindo do