Charges publicadas na era vargas

As charges analisadas da revista Careta são de 1934 a 1937. Vargas tinha como um dos seus principais pilares políticos as oligarquias. Sendo que Vargas dizia que seu governo estava isento da política da República Velha, a charge que mostra Vargas na frente com um grupo de pessoas atrás é uma menção cômica da capacidade de Vargas de liderar e manipular grupos, já a charge que mostra Vargas ao lado de uma mulher, faz alusão á revolução de 1930 na qual Vargas participou e saiu dela como mais novo presidente do Brasil, o que se via era uma nítida ambição de continuar no poder. A charge que mostra pessoas no carro nos faz refletir de forma cômica a situação de impasse entre o carro do governo, tendo como um dos passageiros uma mulher, a oposição dos comunistas representada pelo empecilho de um sinal vermelho. A charge que fala sobre a lei de segurança mostra sobre a criação da Lei de Segurança Nacional de Vargas que na charge compõe a política autoritária que passa a empreender usando como justificativa o combate ao comunismo. Na charge que mostra pessoas cochichando nas ruas, ela pode tanto representar o descrédito do populacho através do deboche ou do riso dos malandros dos agentes políticos confiantes em sua vitória sobre seus adversários. Na charge que se chama “respeito a tradição”, a revista faz uma previsão de que Vargas se manteria no poder já que a charge é de 1936 e as eleições seriam em 1938. Na charge com o nome da revista Careta, ela faz uma crítica sutil ao governo do presidente Getúlio Vargas, caracterizado por uma forte centralização política e também pela conservação do caráter nacionalista do presidente desde o inicio da sua atuação.