Revista O Cruzeiro
Revista O CRUZEIRO
A revista O CRUZEIRO tinha como objetivo trazer semanalmente um retrato ilustrado da população brasileira e de seu país, sendo a pioneira na propagação de notícias. Numa época em que as notícias ganhavam ares épicos, o empresário da Comunicação Assis Chateaubriand, fez da revista um marco da cobertura jornalística. As ilustrações eram o grande sucesso da revista O Cruzeiro, sendo considerada uma “TV em papel”, principalmente por não haver televisão na época e com isso, a revista se tornou a mais lida em todo o país. Foi na revista que as charges se tornaram populares, como O Amigo da Onça, do cartunista Péricles (a expressão se tornaria sinônimo de pessoa traiçoeira e Pif-Paf, de Millôr Fernandes.
A revista O cruzeiro foi criada em 1928, chegando ao seu auge nos anos de 40 e 50, quando o Brasil ganhava uma real identidade nacional. Acontecimentos como a Marcha para o Oeste, onde Getúlio Vargas fez surgir inúmeras pistas de pouso, vilas e cidades para preencher áreas do interior desocupadas, promovendo o contato com tribos indígenas desconhecidas; o início da indústria automobilística e a construção de Brasília, por Juscelino Kubitschek; e o desempenho da candidata brasileira Martha Rocha, no Miss Universo, foram alguns dos principais eventos cobertos pela revista O Cruzeiro. Responsável pela origem do fotojornalismo no Brasil, a revista O Cruzeiro ajudou a contar momentos decisivos e históricos da história do nosso país e do mundo, como a ascensão e a queda do presidente Getúlio Vargas, a Guerra da Coréia, fundação do MASP, e despertando nos brasileiros o interesse e encanto pelas estrelas de cinema e celebridades. Foi a revista O Cruzeiro autora de uma das maiores lendas na história do Miss Universo, quando Martha Rocha perdeu o título porque tinha 2cm a mais no quadril, o que não passou de imaginação do repórter que cobriu o evento. Apesar da imensa popularidade, a revista