Chang

Chang argumenta, com base em pesquisa histórica, que o conjunto de medidas políticas e instituições que os países desenvolvidos recomendam que se adotem nos países em desenvolvimento não correspondem às que eles próprios adotaram em seu processo. E identifica nisto uma atitude deliberada para impedir que os países ainda não desenvolvidos os alcancem. Propõe que se recupere a metodologia de investigação histórica em economia, em substituição à perspectiva positivista e portanto a-histórica adotada pela Teoria Neoclássica. Entende que também o estudo das estratégias de desenvolvimento a partir de fatos estilizados Afirma que quando se abandona a perspectiva de tratar o desenvolvimento como uma soma de fatos estilizados e se opta por investigar historicamente os processos (como na abordagem de List, o mito de que os países líderes da revolução industrial, Inglaterra e USA se deu por liderança do mercado cai por terra). Ambos foram protecionistas enquanto conviviam com sua indústria nascente. O papel do Estado no processo era relevante, e nem sequer ideologicamente o laissez faire vigorava.
Segundo Chang (p.13), “eles não seriam o que são hoje se tivessem adotado as políticas e as instituições que agora recomendam às nações em desenvolvimento” As ditas políticas “ruins” de hoje foram as que os países ricos adotaram quando em desenvolvimento.
O conhecimento da história das estratégias de desenvolvimento é importante para saber se as nações atualmente ricas não estarão se valendo do pretexto de recomendar políticas e instituições “boas” unicamente para dificultar o acesso dos países em desenvolvimento às políticas e instituições que elas implementaram no passado a fim de alcançarem o desenvolvimento.
O “ruim” de agora foi o “bom” de antes. Conhecendo a história dos países envolvidos, tem-se informações coerentes para então, através do “bom senso” e da “intuição do que é necessário ao país”, adotar as políticas corretas para aquele país.
Exemplo dos EUA, quando Adam