Resumo – chang – capítulo 3 (meu filho de 6 anos poderia arranjar um emprego)
O livre comércio é sempre a resposta?
Chang inicia o capítulo com uma analogia entre seu filho de seis anos e a indústria nascente. Segundo ele, seu filho poderia muito bem já estar trabalhando – assim como ocorre com muitas outras crianças -, tornando-se competitivo no mercado de trabalho e poupando o dinheiro despendido por seus pais em educação, alimentação, moradia e saúde. Contudo, essa precoce inserção no mercado impediria que seu filho estudasse e tivesse a oportunidade de crescer profissionalmente, como um médico por exemplo. Há, portanto, a necessidade de proteger a criança até certa idade, para que ela amadureça e adquira maiores capacidades, para ser melhor sucedida. Porém, Chang ressalta que há um limite. Seria errado subsidiá-lo até os 40 anos. Seria proteger demais e incapacita-lo /desestimulá-lo a andar sobre os próprios pés.
Situação semelhante ocorre com a indústria nascente. Para fortalecê-la internacionalmente é necessário que ela esteja, antes de qualquer coisa, consolidada nacionalmente. O Estado deve proteger a indústria nascente, para que esta ganhe forças para competir com o mercado internacional, cujas indústrias já estão bem consolidadas. No entanto, essa proteção não deve ser excessiva.
Chang segue seu pensamento argumentando o porquê o livre-comércio - doutrina central da ortodoxia neoliberal – não está funcionando para os países em desenvolvimento. Para ilustrar melhor, cita o caso do México – país que tinha todas as condições possíveis para se sair bem com a abertura comercial, dada sua proximidade com os Estados Unidos, grande quantidade de trabalhadores qualificados e sua participação no NAFTA. Porém, apesar de todos os fatores favoráveis, a brusca abertura afetou negativamente a economia mexicana. O país passou a crescer em níveis menores que àqueles vivenciados durantes os “dias ruins” (1955-1982), aumentou o desemprego, houve queda de salários, o