Chamado ao Matrimonio.
Em sentido amplo, pode-se falar em vocação para o matrimônio, para a paternidade ou para a maternidade. Estas são vocações implícitas na própria natureza criada. Pelo fato de alguém ser criado homem, em sua natureza está embutido o chamado ao matrimônio e à paternidade. Da mesma forma, aquela que é gerada mulher traz em si mesma a vocação ao matrimônio e à maternidade. As exceções são muito raras, e quase sempre determinadas por algum tipo de problema pessoal.
É preciso afirmar de imediato que aqueles que são chamados ao sacerdócio e à vida consagrada, quer masculina quer feminina, trazem, sim, em sua natureza, essa vocação ao matrimônio, à paternidade e à maternidade. Para quem tem fé, o matrimônio também é vocação: um chamado de Deus ao dom de si no amor recíproco e aberto à vida. Quem não tem fé, não tem como sentir-se chamado – pois desconhece o Interlocutor divino que o chama – nem tem a quem responder. Mas, na fé, sentimo-nos chamados por Deus a um caminho e a uma plenitude que só ele pode dar.
Chamado ao Celibato. Pessoas assumem o celibato, não é por falta da vocação ao matrimônio, mas sim por uma opção positiva diante do chamado de Jesus para uma vida celibatária. Estes todos podem afirmar: Eu não renunciei ao matrimônio!… Eu aceitei o convite de Jesus, e optei, e escolhi livre, voluntária e positivamente viver esse tipo de vida para o qual Ele me chamou! O celibato consagrado é essa experiência de amor, em que Jesus atrai e realiza na alma e no coração do homem uma transformação profunda, uma realização de vida que é inédita e plena. Pleno significa que está cheio, completo, sem restrições, total, inteiro, absoluto e perfeito. Com o caminhar da Igreja ao longo dos séculos, o “celibato consagrado” foi tomando corpo nas diversas