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Ocorrido em 13 de setembro de 1987, o acidente radioativo em Goiânia resultou em milhares de contaminados, a maioria sofrendo consequências até hoje, 27 anos após o acidente. O presidente da associação das vítimas do acidente, relata que muitas das pessoas afetadas pela radioatividade desenvolveram câncer, principalmente leucemia e de mama, com o passar dos anos. Muitas vítimas também sofreram anomalias em partes do corpo, casas e pertences pessoais tiveram que ser abandonados por causa da contaminação. Inúmeras são as vítimas do pior acidente do mundo com uma única e minúscula fonte radioativa. Cerca de um mês após a abertura da fonte, haviam morrido quatro pessoas:
• Leide das Neves e Maria Gabriela: As necropsias mostraram ter havido hemorragia interna difusa em vários órgãos, sendo os mais afetados os pulmões e o coração. Foram sepultadas em caixões de chumbo pois os corpos ainda estavam contaminados.
• Israel Batista: hemorragia generalizada de órgãos internos, empregado de Devair.
• Admilson Alves de Souza: hemorragia interna generalizada com pulmões e coração aumentados, empregado do Devair.
Outras vítimas:
No dia 14/10/1984, Roberto teve seu antebraço direito amputado. Devair Alves Ferreira morreu com cirrose hepática. Para executar o monitoramento sobre os efeitos da exposição à radiação ionizante nas pessoas que foram vítimas deste acidente, o governo do Estado de Goiás criou, em fevereiro de 1988, a Fundação Leide das Neves Ferreira, posteriormente transformada em Superintendência Leide das Neves Ferreira - SULEIDE. Foram definidos grupos de pacientes, de acordo com normas internacionais, que consideram como critérios de classificação a gravidade das lesões cutâneas e a intensidade da contaminação interna e externa, e que determinou a metodologia dos protocolos de acompanhamento médico. Os efeitos mais identificados no ocorrido foram os imediatos, tardios e estocásticos.