Césio 137
Césio-137
O que é?
O césio-137 é um isótopo radioativo, proveniente da fissão de urânio ou plutônio, que se desintegra formando bário-137m, o qual por sua vez emite raios gama no processo de desexcitação. Esses raios, altamente penetrantes, permitem que o césio-137 seja facilmente observável por meio de detetores de radiação. No processo de desintegração também emite partículas beta; na forma de pastilhas utilizadas pela Medicina Nuclear não emanam vapores nem gases. Por outro lado, o bário-137m é de difícil dosimetria, tanto no caso de exposição externa aos raios gama quanto no de contaminação interna por césio-137.
A cabeça de uma unidade de teleterapia que encerra a cápsula de césio-137 constitui-se de uma blindagem de chumbo e aço (e, às vezes, de urânio empobrecido) que impede os raios gama de escaparem para o exterior. Considerando-se a ½ vida de 30 anos do césio-137, pode-se calcular uma atividade específica de 87 Ci/g, caso a fonte fosse de césio puro. Como a fonte é de cloreto de césio, tal atividade cai para 69 Ci/g. Ainda, é preciso adicionar césio estável (para forçar a precipitação do césio na mistura de produtos de fissão em solução) em quantidade pelo menos igual à do césio radioativo, o que diminui a atividade específica para 35 Ci/g. Após a secagem do precipitado e a compressão do pó cristalino resultante, preparam-se 3 discos que se ajustam como um único cilindro dentro da cápsula.
Também, ao serem fabricadas, as fontes de césio-137 contêm entre 2 e 5% de césio-134, variando a percentagem de acordo com o reator de onde provém a mistura. Essa pequena porção, destinada a aumentar a atividade inicial, cria dificuldades adicionais para a blindagem das unidades de teleterapia, em razão dos raios gama de maior energia, e portanto mais penetrantes, emitidos na desintegração desse elemento. Mas logo diminui sua importância, em razão de sua ½ vida ser de apenas 2 anos.
Em 5 de setembro de 1987 o presidente José Sarney