O uso de técnicas de aproveitamento intensivo dos solos tem provocado, há anos, o esgotamento dos recursos locais. A utilização indiscriminada de agrotóxicos e fertilizantes tem contaminado também o solo e a água. De fato, cerca de 80% do Cerrado já foi modificado pelo homem por causa da expansão agropecuária, urbana e construção de estradas - aproximadamente 40% conserva parcialmente suas características iniciais e outros 40% já as perderam totalmente. Somente cerca de 20% corresponde a áreas nas quais a vegetação original ainda está em bom estado. Para preservar essas áreas, a melhor solução está na criação de áreas de conservação, que são áreas importantes para a redução do desmatamento e conservação do cerrado. Além disso, promovem o relacionamento com comunidades em seu entorno a partir de atividades de educação ambiental atreladas à importância da fauna e da flora e de outros recursos naturais. Estas unidades também prestam serviços ambientais, como manter a qualidade do ar, o abastecimento de água e a contenção de erosões. O maior esforço para o cuidado e implementação de novas áreas de conservação está sendo feito pelo Programa Cerrado-Pantanal, que foi uma iniciativa da WWF-Brasil, que é uma ONG brasileira que tomou à frente aos problemas de preservação do cerrado. Visto esta necessidade, adotou-se no Brasil a meta indicada pela Convenção sobre Diversidade Biológica das Nações Unidas, de no mínimo de 10% do território em unidades de conservação de proteção integral e de uso sustentável. Atualmente as unidades de conservação de proteção integral e de uso sustentável estão planejando cobrir 168 mil quilômetros quadrados, ou 8,2% do bioma. Desse total, menos de 3% estão em unidades de conservação de proteção integral. Em setembro de 2010, o bioma passou a receber maior atenção do governo, com o lançamento, pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), do Plano de Ação para Prevenção do Desmatamento e Controle das Queimadas no Cerrado, (PPCerrado). De