centros comerciais
ARQ TEXTO
DA RUA CORREDOR AO
CENTRO COMERCIAL
Claudia Piantá Costa Cabral
Tipologias comerciais em Porto Alegre dos anos 30 ao princípio dos 90.
As tecnologias disponíveis, os regulamentos construtivos e as referências culturais evidentemente são circunstâncias determinantes da forma assumida por um edifício em qualquer contexto dado. Entretanto, às variações morfológicas quase ilimitadas, geradas pela interação entre estes aspectos em determinado tempo e cultura, contrapõe-se a persistência de certas alternativas de organização espacial, mais ou menos constantes e comuns a realidades urbanas e geográficas distintas. Assim, de um extenso conjunto de edifícios que por alguma razão nos interesse, é possível extrair um número finito de tipos arquitetônicos, desde que se aceite tal conceito como construção intelectual e de caráter sobretudo instrumental, relacionada somente através do próprio problema de investigação a uma série de objetos arquitetônicos cuja estrutura básica é capaz de descrever, sem contudo coincidir com nenhum deles.1
Dentro da evolução histórica da arquitetura comercial em Porto
Alegre, observa-se, ao longo do século XX, uma tendência à diversificação do repertório de soluções arquitetônicas para o problema do comércio varejista. Este texto parte da idéia de que esta arquitetura comercial pode ser reduzida a quatro configurações espaciais básicas - rua comercial, galeria comercial, loja de departamentos e shopping center - e que a diferença entre estas não se limita a questões distributivas e organizacionais, mas envolve a proposição de distintas relações entre espaço público e espaço privado, e portanto filiações conceituais diversas no que concerne à relação entre edifício e cidade. Nesse sentido, esse processo de diversificação aponta em uma direção, e esta não é o reforço do papel do espaço público como âmbito político, elemento estruturador e potencializador de vitalidade urbana2. 32
A RUA