Centeio
Planta anual de até 2 m (Secale cereale), da família das gramíneas, nativa do Sudeste asiático, de folhas planas, colmo herbáceo e flores em espigas; os grãos, ricos em glúten, são usados na confecção de pães, e substituem a cevada na fabricação de cerveja. Sempre considerada "erva daninha" ou "erva má", pois, nascia ao lado do trigo e deu grande trabalho ao homem a fim de dizimá-lo. Não o conseguindo, devido ao volume de sua florescência, o homem tratou de cultivá-lo e, pela seleção das formas cada vez mais cuidada, conseguiu um resultado magnífico, dividindo-os em várias espécies. Foi, afinal, introduzido na alimentação humana e serve também como forrageiro.
História
No Mundo
O centeio (Secale cereale L.) ocupa o oitavo lugar, em área, entre os cereais. No mundo, é cultivado especialmente no centro e no norte da Europa, em climas frios ou secos, em solos arenosos e poucos férteis. Rússia, Polônia, Alemanha, Belarus e Ucrânia, os países que mais cultivam centeio, juntos, respondem por 81% da área mundial. Somente a Rússia e a Polônia representam 56%, ou aproximadamente três quintos, da área (FAO, 2004). Nesses países, predominam cultivares de hábito invernal, e a cultura destina-se a alimentação humana e animal e a adubação verde. Na Alemanha, por exemplo, dois terços dos pães consumidos são produzidos com farinha de centeio.
No Brasil
No Brasil, o centeio foi introduzido por imigrantes alemães e poloneses dois séculos atrás, e, até hoje, o cultivo é realizado em grande parte por descendentes de europeus. De acordo com Baier (1994), a área de centeio no Brasil diminuiu nas últimas cinco décadas, provavelmente em razão do subsídio estendido ao trigo, da extinção de moinhos coloniais de centeio, da reduzida pesquisa e da incidência de doenças. Contudo, outros fatores também podem ter contribuído, como o desenvolvimento de cultivares de trigo mais adaptadas que oferecem ao produtor maior rentabilidade