Celulase
Jataí,
01/2012
Introdução
A celulose é o polissacarídeo mais abundante da natureza e o principal constituinte da maioria das paredes celulares, exceto de algumas sementes. Na maioria dos grãos de cereais o teor de celulose é em torno de 1 a 5%, mas pode chegar até 10% no caso da aveia (Neumann, 2002). Os animais monogástricos não possuem a capacidade enzimática de digerir celulose, arabinoxilano, beta-glucanos, pectinas, entre outros, chamados polissacarídeos não amiláceos. Bedford (1995), citado por FIGUEIREDO (1998). PENZ(1998)confirma que, além da baixa digestibilidade, esses polissacarídeos ou fibras não amiláceas representam um problema para os animais, pois quando não digeridos aumentam a viscosidade do quimo intestinal, causando prejuízos no desempenho das aves, diminuindo a velocidade de passagem dos alimentos ao longo do trato digestivo, dificultando a ação das enzimas endógenas e interferindo na difusão ou transporte dos nutrientes. De acordo com a sua finalidade, as enzimas usadas em rações para monogástricos podem se dividir em dois tipos: enzimas destinadas a complementar quantitativamente as próprias enzimas digestórias endógenas dos animais (proteases, amilases, lipases,celulases, etc.) e enzimas que esses animais não podem sintetizar (β-glucanases, pentosanases e α-galactosidades), pois o código genético dos monogástricos não dispõe da indicação para sua síntese (HENN, 2002). Segundo ZANELLA (2001), existem 3 grupos de enzimas disponíveis no mercado: 1) enzimas destinadas a alimentos com baixa viscosidade (milho, sorgo e soja); 2) enzimas destinadas a alimentos com alta viscosidade (trigo, triticale, aveia, cevada, farelo de arroz); 3) enzimas destinadas a degradar o ácido fítico dos grãos vegetais. O milho e o farelo de soja são os ingredientes normalmente utilizados na alimentação das aves e apesar de