Causas do fim do império romano
“Não é fácil avaliar as questões que precipitaram a queda do vasto império romano, até aí tão firme, num espantoso caos, em que cada comandante de exército se declarava Imperador e dava início a uma marcha sobre Roma que na maioria das vezes era interrompida pela intervenção de um outro pretendente”.
Este trecho do texto de Pierre Grimal nos traz a percepção de que a política do império Romano estava “desorganizada”, onde existia uma corrida em busca do poder. Constantes conflitos internos colaboravam para o declínio do Império pois tornava-se cada vez mais difícil organizar a política do Império Romano
Enquanto a ambição pelo poder queimava nos corações dos comandantes de Roma, bárbaros penetravam nas províncias se tornando cada vez mais ameaçadores, os imperadores temporários lutavam constantemente contra inimigos que renasciam a cada instante. Estes males não eram novidade para os Romanos, porém eles foram se tornando cada vez mais constantes e crônicos tornando esta situação mais instável. “ Mas estes dois males, de acidentais tornaram-se crônicos e manifestavam-se em simultâneo, o que os tornava muito mais perigosos”.
O autor traz a concepção de que o Império romano era um corpo sem alma, progressivamente a alma romana ia deixando de existir “ao mesmo tempo que os imperadores atingiam sem descanso a velha aristocracia”.
“Roma conquistará o seu império porque formava uma coletividade forte, de homens que partilhavam os mesmos ideais, que obedeciam aos mesmos instintos políticos”.
Este trecho nos remete a pensar que a mudança de ideais e de um “espírito” comum entre os homens romanos foi o fator crucial para a “morte” do império. Sem um comandante “forte” e que organizasse a política do Império seria impossível prosseguir no mesmo modelo de sociedade.
Análise das ideias centrais do texto de Perry Anderson.
“Em muitas províncias o comércio urbano e a indústria declinavam invariavelmente: estava