Catira música
A cultura herdada e ainda hoje representada na Região Centro-Oeste brasileira caracteriza-se principalmente por apresentar elementos tradicionais da zona rural, ou seja, caipiras – o termo caipira do tupi Ka’apir ou Kaa-pira, significa “cortador de mato” – isto devido às contribuições principalmente dos indígenas, paulistas, mineiros, gaúchos, bolivianos e paraguaios. Além da história do estado que foi tardiamente industrializado, e por isso se manteve distante de avanços tecnológicos principalmente em seu interior. Desta forma, foi possível perpetuar durante um largo período um modo de vida muito simples, e carregado de tradições e costumes. Além disso, o desenvolvimento econômico desta região fundamenta-se principalmente na agropecuária, fato que demanda (e intensifica) a vida na zona rural, onde é possível verificar os avanços tecnológicos e científicos demandam muito mais tempo para representar mudanças relevantes nos costumes desta sociedade.
Não se pode falar da música de Goiás e da Região Centro-Oeste sem referir-se à moda de viola, gênero que foi herdado das cantigas medievais – Trovadorismo – e que no Brasil se dividiu em vários tipos e estilos. No Mato Grosso, além da moda de viola, outros ritmos são parte fundamental de seu cancioneiro: a polca paraguaia, a guarânia e o chamamé. Da Bolívia vem uma forte influência de instrumentos como o charango, usado para acompanhamento musical tanto no Mato Grosso quanto no Mato Grosso do Sul. São influências presentes no trabalho de compositores da região. Atualmente destaca-se o trabalho de Almir Sater, que valoriza esses ritmos em sua viola bem ponteada e traz também letras de grande sensibilidade, enaltecendo as belezas do Mato Grosso e Pantanal.
A música da Catira é a música sertaneja, e dentro desta, a música caipira. A linguagem é rústica, simples, denota um sentimento ingênuo, mas, ao mesmo tempo sagaz. Nas letras, que são poesias, os catireiros falam de amor, paixão, elogiam as