Castelos em portugal
A história dos castelos em Portugal inicia-se como é de prever numa época incerta, muito para além do nascer da nossa nacionalidade como país independente.
Há mais de 2000 anos com a vinda dos povos Celtas para a Península Ibérica que aqui e ali, nos pontos mais preponderantes do ponto de vista da estratégia militar foram sendo construídas fortificações, situados em pontos topograficamente fortes, e cujas muralhas eram, muitas vezes, cercados construídos de rochas naturais, a que se acrescentavam muros nos pontos em que eles se interrompiam, destinadas à defesa das populações e das próprias tribos dominantes.
Primitivamente, significaria uma fortificação isolada, mas é provável que, desde muito cedo, na Idade Média, fossem utilizados para a defesa os castros lusitano-romanos. Estes, no entanto, diferentemente das construções romanas, exclusivamente militares, passaram a ter, além do carácter de vigilância e defesa, a função de moradia do senhor das terras onde ele se encontrava, porque adquiriram uma verdadeira importância estratégica para a defesa de uma terra que lutava contra vários inimigos que a instigavam vindos dos vários pontos cardeais.
Com a Reconquista cristã, foram aproveitadas muitas dessas fortificações, que foram aumentadas e reforçadas: aí residia uma população escassa, habitando a restante nos campos vizinhos e só recolhendo ao castelo em caso de ataque. O castelo constituía-se na sede de um julgado e gozava de certos privilégios.
Os castelos eram construídos em regiões estratégicas para o domínio e controle do reino. Sendo assim observa-se uma distribuição planeada pelo território português. Essa distribuição, que faz parte de um pensamento estratégico e intencional, acaba por formar linhas de defesa, que asseguram a integridade do espaço físico de Portugal em oposição aos outros reinos ibéricos, principalmente o reino de Castela e, em menor escala e num período mais inicial, de Reconquista, os reinos