Castan
“Essa geração de franceses, nascida e amadurecida durante as crises de crescimento do Estado monárquico, conhece ainda uma situação paradoxal, pois são os recursos de um Estado obrigado a manobrar com os meios do favor que irrigam liberalmente essas clientelas diversas [...]” (p.30).
De acordo com Castan, o povo deveria servir ao monarca “trata-se de viver ou morrer à custa do rei ou de seus inimigos, quando a vitória o permite”. (p.30) mas também poderia lhe pedir ajuda e contar com sua generosidade.
“[...] Nunca desejei fazer nada sem o consentimento de meu senhor; preciso saber se ele aprova. [...]”. “ Esse ‘pertencer’ que orienta para uma pessoa e para o grupo que ela congrega todas as inclinações ao afeto e à solidariedade, normalmente devidos aos íntimos e à ‘pátria’, parece dotado de um atrativo mais forte que o das máximas gerais do dever.” (p. 31)
“A clientela privada, como se deve chamá-la, apresentava aqui a maior oportunidade de efervescência numa sociedade baseada na dedicação do tipo familiar e no esprit de corps”. (p.32)
“[...] no período entre as últimas guerras de Luís XIV e o início da Guerra dos Sete anos, encontramos nas mesmas posições inferiores gentis-homens desiludidos de fazer fortuna e que, vindo de mais longe e sem acesso a grandes proteções, servem em exércitos maiores” (p.35).
Conforme cita Castan, (p.36) os homens que serviam ao exército seriam desprovidos de ambição e se dedicavam a ele com lealdade, servindo exclusivamente ao Estado, onde delimitava a existência privada, em que seriam os nobres e indivíduos.
“O serviço