Caso nokia

A Nokia é a líder mundial na fabricação de telemóveis. Com uma quota de mercado de quase 40%, em 2009 vendeu o dobro de aparelhos em que a sua grande rival Motorola e muitas vezes o número de outros rivais como a Samsung e Ericsson. A empresa finlandesa, fundada em 1895, como um fabricante de papel, cresceu num conglomerado de interesses incluindo eletrónicos, fabricação de cabo, borracha, produtos químicos, geração de eletricidade e, pela década de 60, equipamento de telefone. Em 1890 gerentes seniores decidiram concentrar-se na nova indústria de telefonia móvel (comunicações móveis).
Dois fatores favoreceram esse movimento. Primeiro, o governo finlandês tinha tomado a iniciativa de desregulamentação das telecomunicações e a Nokia já estava competindo vigorosamente com outros fabricantes no fornecimento de equipamentos para a empresa de telefonia nacional. Segundo, a União Europeia adotou um padrão único - o Sistema Global para a Telefonia Móvel (GSM) - para a segunda geração de telefones (digital) da Europa. Dois terços dos assinantes mundiais de telefonia móvel usam esse padrão. As ligações da Finlândia com os seus vizinhos nórdicos também ajudaram, devido a que as pessoas desses países de baixa densidade populacional tenham adotado telemóveis com entusiasmo.
Nokia tem fortes habilidades de design, mas acima de tudo, os gerentes foram rápidos em reconhecer que os telemóveis não são uma mercadoria, mas um acessório de moda. Por oferecer projetos inteligentes, toques diferentes e capas coloridas, a Nokia tornou-se a marca "cool" para as pessoas conscientes da moda. A Nokia também domina a logística de conseguir milhões de telemóveis para clientes em todo o mundo.
Enquanto muitos concorrentes subcontrataram a fabricação de aparelhos, a Nokia reuniu à sua maneira, tendo fábricas em muitos países em todo o mundo. Gestores acreditam que esta lhes dá uma melhor compreensão do mercado e do processo de fabricação. A Nokia compra cerca de 80 biliões de componentes por