Nativismo
No âmbito antropológico, o Nativismo se refere a qualquer atitude que tente enfocar prioritariamente os valores culturais de uma determinada localidade, em contraposição a uma esfera cultural provinda do exterior, a qual insiste em se tornar predominante neste mesmo local, ou seja, em um domínio estrangeiro.
O sentimento nativista foi particularmente vivenciado pelas nações que sofreram a colonização de uma determinada metrópole, tendo assim valores culturais alheios impostos em um contexto totalmente distinto. Estes povos, em grande parte, se sublevaram contra seus dominadores por meio de revoltas e movimentos populares rebeldes. Posteriormente estas rebeliões desembocaram em conquistas emancipatórias, ou culminaram na mais absoluta dominação cultural.
As revoltas de cunho nativista nasceram do início do despertar de um sentimento nacionalista nos brasileiros, durante o período colonial, mais ou menos em meados do século XVII. Explodiram aqui e ali algumas manifestações aparentemente de pouca significação, batizadas historicamente como Movimentos Nativistas.
O povo, insatisfeito com a estrutura colonial, percebeu que podia interferir nos mecanismos de domínio da colônia pela metrópole. Assim, tentando apenas modificar acontecimentos de ordem política, econômica e social de algumas áreas do país, acabaram conquistando o direito de se libertar e de gerir seus próprios caminhos, embora, a princípio, não alimentassem ainda metas separatistas.
As revoltas mais importantes foram a de Beckman, no Maranhão, em 1684, e a dos Mascates, que eclodiu nas cidades pernambucanas do Recife e de Olinda, em 1710. Todas as incursões nativistas se desenrolaram depois da luta pela partida dos holandeses da região Nordeste brasileira.
No estado pernambucano houve uma conscientização da necessidade de atuar