CASO ISABELLA NARDONI
DHPP confirma abertura de inquérito para investigar avô de Isabela Nardoni
Madrasta teria relatado que avô sugeriu forjar um acidente para encobrir homicídio
Isabela foi jogada da janela do apartamento pelo pai e madrasta Reprodução
O DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa) confirmou, nesta segunda-feira (13), que abriu um inquérito em dezembro do ano passado para investigar uma possível participação de Antonio Nardoni na morte da neta, Isabela Nardoni, em março de 2008. O órgão informou que apura a possibilidade de ter ocorrido fraude processual e a participação do avô no homicídio.
Segundo a denúncia, uma funcionária do sistema penitenciário declarou, no dia 2 de dezembro, ao Ministério Público, que o advogado Antônio Nardoni pode ter participado da morte da neta de cinco anos. A mulher diz ter ouvido a versão da madrasta da menina, Anna Carolina Jatobá, no presídio de Tremembé, onde ela cumpre pena. A nova testemunhas teria ouvido da madrasta detalhes do dia do crime.
O casal teria ido ao supermercado, com Isabella, e passado por nervosismo quando o cartão não passou no caixa. Já no carro, a madrasta começou a agredir a menina "porque ela não parava de encher o saco" — palavras que, segundo a mulher, a própria Anna teria utilizado quando fez o relato.
Ainda segundo o depoimento, quando chegaram ao apartamento, na zona norte de São Paulo, eles pensavam que a menina já estaria morta. Foi quando, de acordo com a mulher, Anna decidiu ligar para o sogro.
— Falou para o sogro que matou a menina e ele falou: "Simula um acidente. Senão, vocês vão ser presos". Aí, tiveram a ideia de jogar a menina pela janela. Que o Alexandre só jogou a filha porque acreditava que ela estivesse morta e que ele teria ficado em estado de choque ao descer do prédio e perceber que a menina estava viva.
O advogado Antonio Nardoni negou, na época, essa versão. A testemunha agora é protegida pelo Ministério Público.
Quando o caso foi julgado,