caso hans
O caso de Hans chega até Freud a partir de seu pai que era médico e como a sua mãe já havia sido paciente de Freud, ambos consentiram em conferir ao filho uma criação “diferente”, a luz da psicanálise. Todas as semanas nas quartas-feiras aconteciam reuniões na casa de Freud e o pai de Hans participava dessas reuniões onde o “pequeno Hans” era sempre o assunto da pauta.
No caso do pequeno Hans Freud mostra um caso clínico de fobia, onde nos proporciona uma riqueza de detalhes referentes à teoria da sexualidade infantil. Deixando claro o narcisismo primário e sua evolução para a relação de objeto. Hans era um menino de quatro anos e meio com uma fobia de cavalos que vivia cheio de questionamentos sobre os órgãos sexuais, a diferença anatômica entre o homem e a mulher.
Quando ele estava para completar três anos de idade surgiram os primeiros relatos repassados pelo pai de Hans à Freud, onde o menino demonstrava interesse especial por uma parte de seu corpo: o “pipi”, como ele mesmo chamava. Um dia Hans chegou para sua mãe e perguntou: “Mamãe, você também tem um pipi? Mãe: Claro. Por quê? Hans: Nada, eu só estava pensando.” Como a mesma idade, certa vez entrou num estábulo e viu ordenharem uma vaca. “Oh, olha! Está saindo leite do pipi dela!”. Pouco tempo depois, sua mãe o viu tocar com a mão no pênis e o ameaçou dizendo: “Se fizer isso de novo, vou chamar o Dr. A. para cortar fora seu pipi. Aí, com o que você vai fazer pipi?” Hans respondeu “Com meu traseiro.” Seguido a este fato em todos os lugares em que ia e via um animal ele falava sobre o” pipi” do animal e certa vez refletiu sobre o fato de mesa e cadeira não terem “pipi”.
Algum tempo depois aos três anos e nove meses Hans despertou a sua curiosidade sexual para seus pais, Hans: “Papai, você também tem um pipi? Pai: Sim, claro. Hans: Mas nunca vi, quando você tirava a roupa.” Em outro momento, quando Hans olhava sua mãe despida, ela pergunta para o menino: “Para que você está olhando para