Caso gol
Parte 1/ Conceitos para Formulação,
Controle e Implementação
da Estratégia
ESTUDO DE CASO
GOL Transportes Aéreos
Rolim Amaro, presidente da TAM, não tem sangue correndo pelas veias. As medulas de Otto Ernest
Meyer, criador da Varig, e de Ozires Silva, atual presidente da companhia, tampouco produzem glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas. O coração do fundador da Transbrasil, Omar Fontana, bombeava um líquido amarelado, inflamável e de cheiro forte. Suas aortas e carótidas transportam - ou transportavam, no caso de Fontana e Meyer - querosene. Ao menos é o que diz o folclore da aviação brasileira. Nas lendas que circulam por aeroportos, hangares e oficinas é preciso ter nas veias o' combustível que faz toneladas de aço com asas decolarem para criar e comandar uma companhia aérea.
Falei para o Júnior: vamos fazer uma companhia só com aviões novos, pois de velho já chega o seu pai. Em 1970, comprei um jatinho SkyLane e passei a prestar atenção na aviação. Hoje, posso dizer que entendo de avião. A GOL vai oferecer a tarifa mais baixa do mercado. Vamos evitar entrar no vermelho. E vamos ficar com preços à altura do povo brasileiro.
É um mito antigo, cultivado por décadas pelos aviadores brasileiros. Mas é também um mito que começa, ainda que lentamente, a perder força com a entrada no setor aéreo brasileiro de empresários que nada têm a ver com turbinas, trens de pouso ou manches. Nos últimos anos, em especial em 2000, uma nova leva de companhias aéreas ganhou os ares brasileiros, tendo como idealizadores homens que nem mesmo sabem distinguir o cheiro de gasolina do de querosene.
A GOL foi estruturada em oito meses, teve investimentos de R$ 30 milhões e foi planejada para trabalhar com custos baixos, de modo a oferecer tarifas reduzidas. Seu presidente é Constantino Jr. um dos sete filhos de Nenê Constantino.
Yan Boechat, da Gazeta Mercantil
Essa notícia representa a revolução no transporte aéreo em 2000,