Caso educação ambiental, turismo e sustentabilidade
PERCEPÇÃO, INTERPRETAÇÃO AMBIENTAL E APRENDIZADOS EXPERIENCIAIS Solange T. de Lima Guimarães*
Educare, a raiz de “educação”, significa abrir o caminho para a totalidade inata de uma pessoa. Assim, no sentido mais profundo, o que, verdadeiramente nos educa também nos cura. – Rachel N. Remen, Histórias que curam: conversas sábias ao pé do fogão. São Paulo: Ágora, 1998, p. 270
As atividades de Educação Ambiental (EA) podem cooperar no sentido de subsidiar a implantação e implementação de políticas públicas de ecoturismo na área da gestão ambiental participativa, no tocante aos programas de uso público das Unidades de Conservação (UCs), bem como propiciar estratégias de
sustentabilidade para as diversas comunidades envolvidas.
As atividades que envolvem a sensibilização e conscientização sobre as diferentes realidades ambientais do entorno, enquanto trabalhadas como processos de interferência e modificação dos níveis de interpretação e compreensão ambiental, levam à evolução de um grau mais profundo da percepção ambiental. Ao provocarem um processo de estimulação da acuidade perceptiva, através da experiência direta ou indireta, podem proporcionar o desenvolvimento de condutas pró-ecológicas, de modo que as populações não somente sejam influenciadas, como também venham a influenciar positivamente nas mudanças cotidianas no âmbito da proteção ambiental.
Assim ao conduzirem à gênese de outros níveis perceptivos, tanto o meio ambiente como suas paisagens não se restringem apenas ao que está em nosso redor, tendo em vista uma simples conotação de cenários ou de elementos componentes, mas lembram-nos de que somos suas partes integrantes e integradoras ao mesmo tempo.
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As atividades ecoturísticas podem encontrar-se, assim, inseridas em um processo de educação e alfabetização ecológica, marcado por uma inserção de valores humanísticos dialógicos, aprendizados experienciais, estabelecendo-se novos níveis de