Caso anorexia
Sobreviver em um mundo em que a beleza parece ser um fator determinante para o sucesso é um grande desafio para quem não se encaixa nos padrões da sociedade.
Enquadrar-se em tais atributos porém pode ser uma tarefa mais complicada ainda. O culto à magreza, a obrigação de estar sempre linda e com aparência jovem imposta pela mídia leva todos a criarem padrões que posteriormente serão quase impossíveis de serem quebrados. Daí surgem problemas de distúrbios de auto-imagem como bulimia, anorexia ou até vigorexia, podendo levar pessoas até à morte...
Modelo morta por anorexia se achava gorda com 46 kg
16/11/2006 - 08h47
A modelo Ana Carolina Reston Macan, que morreu anteontem, aos 21 anos, vítima de complicações provocadas pela anorexia nervosa, já havia declarado sete meses atrás que tinha perdido o controle e que havia parado de comer. "Às vezes ainda me acho gorda. Eu tenho uma imagem distorcida de mim", afirmou ela.
Durante uma entrevista concedida em abril deste ano ao Agora, a modelo afirmou que estava trabalhando no Japão quando a obsessão pela magreza começou a se tornar uma doença. Ela teve que ser internada e acabou voltando ao Brasil. "Eu pesava 46 kg, tenho 1,74 m, e ainda tomava remédio para emagrecer. Cheguei a pesar 42 kg", lembrou.
Reprodução
A modelo Ana Carolina Reston Macan, morta por anorexia nervosa
Depois de ter realizado o tratamento, a modelo voltou a pesar 46 kg e continuou freqüentando um psicólogo. O problema, entretanto, persistiu, e a modelo acabou sendo internada em 25 de outubro passado em decorrência de uma insuficiência renal.
Debilitada pela anorexia nervosa, a pressão arterial dela despencou, o que fez com que passasse a ter dificuldade para respirar. Seu quadro clínico evoluiu para uma infecção generalizada --e Ana Carolina acabou morrendo anteontem, quando pesava 40 kg. Seu corpo foi enterrado no cemitério de Pirapora do Bom Jesus, na Grande São Paulo.
A entrevista concedida pela modelo foi publicada na