Casa no Butantã- Eduardo de Almeida
A volumetria retilínea é marcada pelo desenho dos elementos estruturais metálicos , ou seja, pilares e vigas aparentes, de seção I. Eles requadram paredes de vedação feitas com tijolo aparente , além de fechamentos de vidro temperado e caixilho metálico branco.
A característica urbana do lote, definida pela escassa largura de 12 metros, e a orientação quanto à incidência de luz solar fizeram com que as aberturas principais se voltassem para a frente e os fundos do terreno. Elas conformam, respectivamente, as faces sul e norte da edificação. Nessas extremidades, os limites do térreo são recuados pouco mais de um metro em relação ao pavimento superior, desenho que configura varandas ou espaços de entrada. Por isso, o arquiteto filtrou a insolação através da sobreposição de tipos diferentes de caixilhos .
No alinhamento externo do piso superior, painéis retangulares fixos, constituídos por requadros de chapa branca perfurada , geram interessante luminosidade natural nos interiores. Junto à face frontal, eles foram sobrepostos aos caixilhos com vidro temperado incolor, de forma a dar privacidade à passarela de acesso aos dormitórios. Para a fachada posterior, o arquiteto desenhou painéis metálicos de abrir, que integram o quarto principal ao pátio aberto, nos fundos do lote.
A localização da escada metálica , que Eduardo de Almeida qualifica por sua “presença arquitetônica”, é determinante da setorização . Posicionada junto à entrada social, na lateral esquerda da casa, ela está alinhada com os patamares que interligam os níveis da construção