economia industrial
(SCHUMPETER)
De duas maneiras as teorias da concorrência monopolística e da concorrência oligopolística, e suas variantes populares, podem servir à visão de que a realidade capitalista é desfavorável ao máximo desempenho da produção. Uma é afirmar que sempre foi assim e que por todo o tempo a produção vem se expandindo, a despeito da sabotagem secular perpetrada pela burguesia que a gerencia. Entretanto, os que esposam essa variante evitam pelo menos as preocupações com os fatos históricos que os advogados da proposição alternativa têm de enfrentar. E ela assegura que a realidade capitalista outrora apresentou uma tendência a favorecer o máximo desempenho produtivo; mas a posterior difusão das estruturas monopolísticas, eliminando a concorrência, fez com que tal tendência agora se revertesse.
Em primeiro lugar, isso envolve a criação inteiramente imaginária de uma idade de ouro da concorrência perfeita que, em algum momento, se metamorfoseou, de alguma forma, na idade do monopólio. Em segundo lugar, é preciso destacar que a taxa de crescimento da produção não caiu após a última década do século XIX.
O aspecto essencial é captar que ao tratar do capitalismo estamos tratando de um processo evolutivo. O capitalismo, então, é pela própria natureza, uma forma ou método de mudança econômica, e não apenas nunca está, mas pode estar estacionário. O impulso fundamental que inicia e mantém o movimento da máquina capitalista decorre dos novos bens de consumo, dos novos métodos de produção ou transporte, dos novos mercados, das novas formas de organização industrial que a empresa capitalista cria.
A estrutura econômica a partir de dentro, está incessantemente destruindo a velha, incessantemente criando uma nova; esse processo de Destruição Criativa é o fato essencial acerca do capitalismo. Em primeiro lugar, como estamos tratando de um processo em que todos os elementos levam um tempo considerável para revelar suas características