Cartel
O pacto foi firmado no final de julho pelas empresas Robert Bosch GmbH (Alemanha) e Robert Bosch Ltda (Brasil), que citaram como suposta partícipe a Cerâmica e Velas de Ignição NGK do Brasil Ltda.
A Bosch, em sua autodenúncia, revelou que as tratativas e estratégias que levaram à formação de ajustes anticompetitivos se davam por meio de telefonemas, em reuniões, jantares e troca de e-mails.
As empresas Bosch, executivos e funcionários admitiram o cartel, principalmente na área de fornecimento de velas de ignição. Em 2014, "a partir da adoção de uma nova política interna e externa empresarial", a Bosch decidiu delatar o cartel, "realinhando-se às regras e padrões de condutas nacionais e internacionais referentes às práticas concorrenciais".
O Ministério Público Federal e o Ministério Público de São Paulo subscreveram o acordo e já estão investigando a atuação do cartel. Promotores e procuradores especialistas no combate a delitos econômicos e a cartéis já começaram a rastrear os negócios das duas empresas.
Ainda não há uma estimativa sobre valores auferidos pelo cartel. Os investigadores destacam que a Bosch e a NGK são, atualmente, os únicos fabricantes de velas de ignição no País.
Eles observam que, no período dos fatos, as empresas "mantinham condutas anticompetitivas, consistentes na fixação e aumento de preços e condições comerciais uniformes para fabricantes de equipamento original, para o mercado de reposição independente e para certas montadoras de automóveis, alocação de clientes, divisão de mercados dentre concorrentes e compartilhamento de informações comerciais sensíveis".
Combinação
A múlti alemã admitiu "combinação de estratégias de produtividade parelhada e