CARTAS

LUCKESI, Cipriano. et al. Fazer universidade: uma proposta metodológica humana. 6 ed. São Paulo; Cortez Editora, 1991.
Produzir conhecimento é uma capacidade e uma necessidade humana. São disponíveis alguns recursos lógicos e metodológicos que auxiliam na obtenção de um conhecimento. Não basta só dispor da utilização de recursos lógicos e metodológicos. Então para desvendar a realidade e sua consequente divulgação, deve-se seguir um conjunto de procedimentos que permitem uma reflexão que pode ser chamada de “moral intelectual”. Certos princípios orientam a conduta daqueles que se dedicam a conhecer, discutir e divulgar conhecimentos.
O que importa para a produção do conhecimento é a indicação de elementos que permitam a reflexão e assunção de um posicionamento crítico.
Os procedimentos para ter uma “moral intelectual” são:
1. Orientar-se pelo espírito crítico
Espirito crítico consiste em ser a busca do ver, o mais objetivamente possível, a realidade; analisa-la. Não há espirito crítico sem compromisso com a transformação da realidade.
Orientar-se pelo espírito crítico é analisar com rigor as circunstâncias e fenômeno, buscando “conclusões” ou “afirmações” emitidas sobre os mesmos resistem a um confronto com os dados.
O espirito crítico, embora próprio do indivíduo, não nasce com ele. É fruto de uma conquista que é ao mesmo tempo pessoal e histórica. Algumas atitudes são fundamentais para o amadurecimento e crescimento desse espírito crítico:

1.1 Busca do sentido da prova
Consiste na busca de afirmar com segurança, aquilo que possua suficiente fundamentação para ser afirmado. É ser capaz de acatar os resultados do processo crítico, mesmo que se mostre ao contrário ao que se pensava ou se pretendia que a realidade fosse.
A falta do sentido de prova faz com que se veja a realidade não como ela é, mas como se que vê-la e como os interesses impõem. O conhecimento obtido com a falta dele carece de fundamentação, de força, de objetividade. Por isso o