Carta sobre a Felicidade - a Meneceu , de Epicuro
Data: 3º Tri/2011
Disciplina: Filosofia
Série: 1ºs anos EM
A Filosofia para Epicuro:
“Carta sobre a Felicidade – a Meneceu”
Meneceu,
(Filosofia e Felicidade)
"Que ninguém hesite em se dedicar à filosofia enquanto jovem, nem se canse de fazê-lo depois de velho, porque ninguém jamais é demasiado jovem ou
demasiado velho para alcançar a saúde do espírito. Quem afirma que a hora de dedicar-se à filosofia ainda não chegou, ou que ela já passou, é como se dissesse que ainda não chegou, ou que já passou a hora de ser feliz.
Desse modo, a filosofia é útil tanto ao jovem quanto ao velho: para quem está envelhecendo sentir-se rejuvenescer através da grata recordação das coisas que já se foram, e para o jovem poder envelhecer sem sentir medo das coisas que estão por vir; é necessário, portanto, cuidar das coisas que trazem a felicidade, já que, estando esta presente, tudo temos, e, sem ela, tudo fazemos para alcançá-la.
Pratica e cultiva então aqueles ensinamentos que sempre te transmiti, na certeza de que eles constituem os elementos fundamentais para uma vida feliz.
(Os Deuses)
Em primeiro lugar, considerando a divindade como um ente imortal e bemaventurado, como sugere a percepção comum de divindade, não atribuas a ela nada que seja incompatível com a sua imortalidade, nem inadequado à sua bemaventurança; pensa a respeito dela tudo que for capaz de conservar-lhe felicidade e imortalidade. Carta sobre a Felicidade - a Meneceu , de Epicuro
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Os deuses de fato existem e é evidente o conhecimento que temos deles; já a imagem que deles faz a maioria das pessoas, essa não existe: as pessoas não
costumam preservar a noção que têm dos deuses. Ímpio não é quem rejeita os deuses em que a maioria crê, mas sim quem atribui aos deuses os falsos juízos dessa maioria.
Com efeito, os juízos do povo a respeito dos deuses não se baseiam em
noções inatas, mas em opiniões falsas. Daí a crença de que eles causam os maiores