Carta de pero vaz caminha
RESENHA CRÍTICA DA OBRA DIÁLOGO SOBRE A CONVERSÃO DOS GENTIOS
Padre Manoel da Nóbrega nasceu em Portugal em 1517. Estudou em Salamanca e em Coimbra. Ingressou na Companhia de Jesus. Em 1549 vem ao Brasil na expedição de Tomé de Souza. Participa da fundação das cidades de Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo. Deixou duas obras: As Cartas do Brasil e Diálogo da Conversão do Gentio.
Na escrita em forma de diálogo entre dois interlocutores com visões ambíguas a respeito da conversão dos índios, Gonçalo Álvares curador dos índios, não acreditava no aprendizado e compreensão dos tais, enquanto Mateus Nogueira, Religioso, a defendia por tratar-se de seres que possuíam potenciais necessários para o aprendizado. O autor em sua valiosa forma literária faz a transposição desse rico diálogo.
O texto consta de 10 parágrafos, os quais tratam do questionamento a respeito da capacidade de aprendizado e conversão dos índios e da importância dessa conversão para a vida.
O texto foi elaborado de forma impecável com uma abordagem objetiva valorizada na idade média e por Platão. Pautado em diálogos consistentes e fundamentais para um melhor entendimento no que se refere à conversão dos gentios e isso ocorre em toda sua extensão. Ressaltando a sua importância já que através do pecado de Adão, todos nós nos tornamos semelhantes e pecadores mortais, necessitados da graça e misericórdia de DEUS, pois fora das práticas da igreja que são inerentes a quem o segue, todo o seu agir torna-se insano, sem amor e sem sentido. E usando de argumentos convincentes a respeito da fé e transformação de muitos, fala da esperança de muitas conversões e da certeza de que DEUS envia bons obreiros para trabalhar em sua obra porque a conversão é desejo de DEUS, “... pois ninguém pode salvar-se nem ter graça sem Ele”. (p.2)
O texto