CARTA CAPITAL

A publicidade das notícias e a repercussão mundial envolvendo a Petrobrás em lavagem de dinheiro, contratos fraudulentos e altos esquemas de propina na relação com seus prestadores, constituíram graves ameaças para o alcance das metas estabelecidas no PNG 2014-2018 e consequentemente seu Planejamento Estratégico para 2030. Já a constatação de divergências nos valores apresentados nos balancetes trimestrais da empresa, que comprovaram perdas milionárias na arrecadação, expuseram inúmeras fraquezas institucionais obrigando a nova diretoria a realizar alterações em todo o planejamento estratégico da companhia.
Como uma das ações de reorganização estrutural e na tentativa de reduzir seu endividamento e fortalecer o caixa, a Petrobras está tentando vender seus ativos, mas essa decisão dentro de um planejamento em logo prazo pode não ser tão favorável, segundo especialistas:
— A Petrobras chegou a um ponto em que não há outra solução a não ser vender seus ativos. Ela não pode se endividar mais. A curto prazo, essa é a única solução, mas, a médio e longo prazos, essa estratégia pode ser equivocada — disse David Zylbersztajn, ex-diretor-geral da ANP.
De uma maneira geral a direção executiva está revisando seu planejamento financeiro e entende que deverá ser necessário reduzir seus investimentos, elevar os desinvestimentos, assim como estudar outras possibilidades de financiamento e de incremento do fluxo de caixa, dessa forma, torna-se imprescindível, as alterações propostas, que devem ser apresentadas na próxima terça feira (23/06), justificadas pelo corte de investimentos em 2015, que pode ficar entre R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões, segundo fontes. Essa redução representa algo entre 25% e 35% do que havia sido planejado - em torno de R$ 80 bilhões. http://www.cartacapital.com.br/politica/petrobras-acumula-prejuizo-de-21-bilhoes-de-reais-6281.html acessado em 20/06/2015
http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/revisao-do-plano-de-negocios-e-gestao-segue-diz-petrobras