Carro Eletrico
Os carros elétricos movidos a bateria, os 5% restantes, já somam aproximadamente 200 mil unidades em todo o mundo. Japão, Estados Unidos e Europa largaram na frente nesta nova corrida tecnológica, mas o Brasil está fora da disputa. Por aqui existem apenas 70 carros elétricos emplacados, todos importados, e, na maioria absoluta dos casos (68), a serviço de empresas.
A principal razão para haver tão poucos carros elétricos circulando no Brasil é a elevada carga de impostos que incidem sobre o preço final. São 35% de imposto de importação, mais 55% de IPI, mais 13% de PIS/COFINS, mais 12 a 18% de ICMS, dependendo do estado, fazendo com que a tributação que incide sobre os carros elétricos possa ultrapassar os 120%. Com isso, o preço médio hoje no Brasil chega a R$ 200 mil.
O taxista Alberto de Jesus Alves Ribeiro não é um herói, mas ao ser escolhido para guiar o primeiro táxi elétrico de São Paulo, virou uma celebridade. “É comparado ao motor 1.6, anda muito bem”, diz.
Este ano, outros nove táxis elétricos vão circular pelas ruas da maior cidade do Brasil, parceria de uma montadora com a prefeitura de São Paulo. “Muita viu, muita. Começando pela emissão zero. Realmente é um carro que não emite nenhum tipo de poluente”, afirma Alberto, sobre as diferenças.
Quais seriam os impactos de uma frota de carros elétricos sobre a distribuição de energia no Brasil? Pelas contas da USP, se 10% de todos os carros brasileiros fossem elétricos, o consumo de energia para recarregar todas as baterias seria equivalente a 2,9% da energia produzida na hidrelétrica de Itaipu.
A Universidade de São Paulo abriga um projeto pioneiro para medir os impactos que os carros elétricos podem causar nas redes de abastecimento. “O que já se sabe é o seguinte: em alguns horários vai