Carros elétricos
Agosto/2005 Clovis Goldemberg - PEA/EPUSP Luiz Lebensztajn - PEA/EPUSP Eduardo Lorenzetti Pellini - PEA/EPUSP O carro elétrico - alimentado por baterias recarregáveis - parecia ter um grande futuro há cerca de um século atrás. Vinte e oito por cento dos 4192 carros produzidos nos EUA em 1900 eram elétricos. No salão do automóvel de Nova Iorque daquele ano o número de carros elétricos era maior do que os carros movidos a gasolina ou vapor. Alguns dos inventores mais prestigiosos, incluindo Thomas Edison, promoviam os carros elétricos ou tomavam parte do seu desenvolvimento. E as primeiras indústrias a produzir carros em série estavam manufaturando carros elétricos. No início do século XX, carros elétricos, a vapor e a gasolina competiam mais ou menos em condições de igualdade. Muitos analistas da época acreditavam que cada tipo de carro iria encontrar o seu próprio “espaço de atuação” e que iriam co-existir indefinidamente. Entretanto, ao final dos anos 20 o carro elétrico era um produto comercialmente morto. O carro movido a gasolina havia conquistado todo o espaço com sua impressionante velocidade, desempenho e acabamento. “Um tropeço espetacular” Extraído de “The electric automobile in America” [9]
Aspectos históricos
O período 1895-1910: um veículo elegante Na virada do ano 1900, os automóveis elétricos eram mais comuns do que os automóveis a gasolina na maior parte das cidades americanas e ninguém acreditaria que ocorreriam mudanças significativas. No ano de 1900 foram produzidos 1575 automóveis elétricos contra apenas 936 carros a gasolina. Um dos mais prestigiados fabricantes de carros elétricos daquela época dizia que “a eletricidade preenche melhor os requisitos de um sistema de tração do que as máquinas a vapor ou mesmo os motores a explosão”. A própria revista Scientific American de 1899 dizia que: “a eletricidade é ideal para veículos pois ela elimina os dispositivos complicados associados aos motores movidos a gasolina,