Caro Da Leprose

Michele Roberta Ennes
Ácaro da Leprose, Brevipalpus phoenicis (Acari: Tenuipalpidae)
A leprose dos citros, causada pelo vírus da leprose dos citros (Citrus leprosis vírus – CiCV) e transmitida pelo ácaro Brevipalpus phoenicis é uma das principais doenças da citricultura paulista. Por ser endêmica na região citrícola e causar grandes danos à produção de citros, o seu manejo, a fim de mantê-la em níveis aceitáveis, é imprescindível e exige um esforço continuo, gerando substancial incremento nos custos de produção.
Ciclo de Vida: sofre grande influência da temperatura. Estudos biológicos realizados em temperaturas entre 30ºC e 20ºC demonstraram que os níveis mais elevados de temperatura favorecem este processo que compreende um período de postura, quando a fêmea deposita de 39,2 a 8,6 ovos; um período de incubação, de duração entre 5,3 e 16,4 dias; e completando o ciclo - desde o ovo até o ácaro adulto - de 14,4 a 43,5 dias.
O OVO é de coloração vermelha brilhante e tem forma irregular. A postura é isolada, mas parece haver uma tendência a efetuá-la em locais onde já existiam outros ovos dispostos. Daí ser comum encontrar-se vários deles colocados lado a lado.
A LARVA de coloração vermelha brilhante, com três pares de pernas e dois pares de ocelos localizados lateralmente ao corpo. Depois de um período de atividade, a larva passa por uma fase de imobilidade (período quiescente) para após este intervalo, transformar-se em uma PROTONINFA, com quatro pares de pernas, perdendo um pouco do brilho inicial. Após novo período quiescente, surge a DEUTONINFA - que é semelhante à protoninfa, porém de tamanho maior. Finalmente, depois de outro período de imobilidade, surge o ácaro adulto, macho ou fêmea.

Características: Ácaro achatado, de movimentação lenta, de coloração avermelhada, medindo cerca de 0,3mm de comprimento. As folhas atacadas apresentam lesões esbranquiçadas e amareladas com manchas escuras no centro. Nos ramos, os sintomas recentes aparecem como manchas