caritas in veritate
Cidade do Vaticano, 07 jul (RV) - Foi apresentada nesta terça-feira, na Sala de Imprensa da Santa Sé, a nova encíclica de Bento XVI, Caritas in Veritate (Caridade na verdade).
Eis uma síntese do documento:
"A caridade na verdade, que Jesus testemunhou" é "a força propulsora principal para o verdadeiro desenvolvimento de cada pessoa e da humanidade inteira": assim se inicia a Caritas in Veritate, a Encíclica endereçada ao mundo católico e "a todos os homens de boa vontade". Na Introdução, o Papa recorda que "a caridade é a via mestra da doutrina social da Igreja". Por outro lado, considerando "o risco de ser mal entendida e de excluí-la da vida ética", ela deve ser conjugada com a verdade. E adverte: "Um Cristianismo de caridade sem verdade pode ser facilmente confundido com uma reserva de sentimentos úteis para a convivência social, mas marginais." (1-4)
O progresso necessita da verdade. Sem ela – afirma o Pontífice – "a atividade social acaba à mercê de interesses privados e lógicas de poder, com efeitos desagregadores na sociedade". (5)
Bento XVI se detém sobre dois "critérios orientadores da ação moral" que derivam do princípio "caridade na verdade": a justiça e o bem comum. Cada cristão é chamado à verdade, também através de um "caminho institucional" que incida na vida da polis, do viver social. (6-7)
A Igreja – reafirma – "não tem soluções técnicas para oferecer", mas tem, todavia, "uma missão a serviço da verdade para cumprir" a favor de "uma sociedade à medida do homem, da sua dignidade e da sua vocação". (8-9)
O primeiro capítulo do documento é dedicado à Mensagem da Populorum Progressio, de Paulo VI. "Sem a perspectiva de uma vida eterna – adverte o Papa – o progresso humano neste mundo fica privado de respiro". Sem Deus, o desenvolvimento é negado, "desumanizado". (10-12)
Paulo VI – lê-se – reafirmou "a exigência imprescindível do Evangelho para a construção da