Teste
Continua verdadeiro que a paz é obra da justiça - opus iustitiae pax. Mas a justiça sem a dimensão fraterna, além de ser fria e dura, não é capaz de consolidar a paz. Sobretudo se a justiça for a dos vencedores, dos mais fortes e prepotentes. A fraternidade - essa, sim -, aliada à justiça, aplaina o caminho para a reconciliação e a paz duradoura.
A segunda parte do tema fala da fraternidade como caminho para a paz. Se queremos paz, precisamos promover a fraternidade, educar para a solidariedade. O uso da força e da violência consegue, talvez, derrotar inimigos, mas não estabelecer a paz. Violência e humilhação suscitam ódio e sede de vingança. A luta para uma paz verdadeira não se faz sem o poder desarmado da fraternidade.
O individualismo busca satisfações egocêntricas, sem levar em conta o seu preço social, e acaba degradando a dignidade humana e destruindo as relações sociais. Alguma filosofia afirma que o homem é movido, sobretudo, pelo ódio e pela violência; o cristianismo não compartilha essa visão sobre o homem.
Sobram razões para edificar a paz, seguindo caminhos de fraternidade. Nós somos feitos para o diálogo, o encontro e a convivência. Homem nenhum é uma ilha. O próximo não deve ser visto como um concorrente, um adversário, um inimigo a ser eliminado; tampouco como um objeto útil à satisfação dos próprios desejos.
O papa observa que as éticas contemporâneas são