Características das abordagens educacionais na escolarização do surdo.
Muitos estudos e investimentos têm sido realizados na elaboração de procedimentos de identificação das deficiências auditivas. Os métodos e equipamentos para isso desenvolvidos estão cada vez mais sofisticados, permitindo maior precisão.
A identificação da deficiência auditiva, tanto na forma congênita como na forma precocemente adquirida, é apenas o início de uma longa caminhada a ser trilhada com a criança durante o processo terapêutico. Deve-se ressaltar que esse diagnóstico, embora de fundamental importância para o conhecimento da audição de cada um, isoladamente não fornecerá informações sobre o paciente, nem no que se refere a suas possibilidades de linguagem, nem quanto ao aproveitamento de sua audição residual, principalmente em crianças com perda severa e profunda.
As implicações da deficiência auditiva recaem sobre vários aspectos, tais como social, emocional, vocacional, da linguagem. Sem um trabalho de intervenção apropriado, as conseqüências da deficiência auditiva podem ser severas, desde a privação sensorial até o comprometimento do desenvolvimento da criança em geral.
O trabalho terapêutico requer profissionais especializados e capacitados, com conhecimento multidisciplinar, sensibilidade e flexibilidade para atender às diferentes necessidades de cada criança, da família, da escola e do contexto social. É fundamental uma visão compreensiva do problema para mostrar às famílias como as necessidades da deficiência auditiva podem ser encontradas e como devem ser atendidas, para que, a longo prazo, deste trabalho possa resultar um adulto independente e capaz de seguir o seu próprio caminho de vida (Bevilacqua e Formigoni, 1997).
O conhecimento de cada sujeito no decorrer do processo terapêutico apontará para suas possibilidades auditivas e de linguagem. O “olhar” do terapeuta para a relação da criança com o mundo que a cerca o levará à escolha do melhor caminho terapêutico.
Vários outros aspectos são também norteadores do